segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Carta do Frater Douglas, SCJ aos Jovens do Setor Juventude Candelária.

São Paulo, 12 de Novembro de 2011.

Caros amigos e amigas,
Paz e benção!

 5Esta é a mensagem que ouvimos dele e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há treva alguma.  6 Se dissermos que estamos em comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.  7 Mas se caminhamos na luz como ele está na luz, estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (...) 9Aquele que diz que está na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas até agora.  10 O que ama o seu irmão permanece na luz, e nele não há ocasião de queda.  11 Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas; caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos (1Jo 1, 5-7. 2, 9-11).
De modo geral, a primeira carta de São João insiste na prática concreta do amor. Ela reforça isso porque havia grupos nas comunidades primitivas que defendiam que essa prática não era necessária. Segundo eles, o reino está dentro da pessoa e isso basta, não implica uma atitude externa. A carta também fala dos anticristos (1Jo 2,19) afirmando que existem pessoas que estavam no meio da comunidade, mas não estavam em comunhão; outros até abandonavam a comunidade definitivamente. Para a comunidade o anticristo é aquele que nega Jesus como Cristo. Ora, se Jesus não é o Ungido do Pai, ele não pode ser o Verbo encarnado, ou seja, essa negação afeta a compreensão da encarnação e negar a encarnação implica negar a prática do amor. A problemática apresentada pelo autor é de que aquele que nega Jesus e diz que tem a verdade é um mentiroso, pois nega a Verdade. Mesmo estando fora da comunidade eles possuem a influência em quem ficou. São os anticristos.
Em geral é isso, mas especificamente a primeira parte da carta foca o caminho da luz. Andar na luz exige romper com o pecado entendido como rejeição ao projeto de Jesus. Significa adotar a prática concreta do amor ao próximo, sobretudo o mais fraco e abandonado. A comunhão da comunidade é sinal visível de que seus membros caminham na luz. Exorta para o risco de cair na incoerência de se afirmar viver na luz e odiar o irmão. Portanto, o amor ao irmão é critério fundamental para estar na luz, mas o contrário também é verdade, pois o que odeia o irmão está nas trevas.
Queridos e queridas, o que realmente significa ser luz? O que significa na tua vida cotidiana estar na luz? O que significa no contexto desta metrópole caminhar na luz enquanto existem tantas propostas atraentes convidando para o bêco escuro? Para mim, caminhar na luz, segundo a epístola de João é muito mais do que levar uma vida piedosa, de alto grau na prática da mística e do culto. Vai além de cumprir os preceitos dominicais e os mandamentos da Igreja. Vai além de se reunir no seu grupo para rezar, partilhar a Palavra e promover eventos. Tudo isso pode ser muito bom, mas mesmo assim podemos assumir o papel de anticristos, pois na prática com o irmão, no trato com os que passam pela minha vida, sou incapaz de ter gestos de amor e proximidade. Isso é muito fácil com os que são do meu grupo, dos que partilham as mesmas ideias. Mas e os que estão fora do meu círculo? E os que não me são agradáveis? Como fazer? Tratar com indiferença? Assumo essa postura e me torno “trevas” na vida do meu irmão, anticristo na comunidade. É algo muito sério, pois professamos com a língua que cremos em Jesus, mas corremos o risco de negá-lo na prática de nossa vida.
Em São Paulo nos acostumamos com o mendigo na rua, com a criança no farol, com a prostituta na esquina e tantas outras realidades doloridas. O que é ser luz diante desses irmãos e irmãs? Digo a resposta queridos e queridas. Na verdade só seremos luz verdadeiramente quando nos deixarmos iluminar pelo Deus que se faz presente em cada um desses preferidos de Jesus (Cf. Lc 4, 18). Às vezes chegamos para os irmãos como se já fôssemos os donos da lamparina. Não somos. Tornamo-nos chama acessa quando somos capazes de sair do nosso mundinho e aproximar daquele (a) que em Cristo é nossa irmã e nosso irmão. Hoje estou concluindo meu curso de teologia e se posso partilhar algo que fica é isso. Ser luz é amar o irmão com gestos concretos, mas particularmente àquele que está mais distante de ter vida digna e feliz.
Aproxima-se o nosso evento paroquial da juventude da Candelária. É um momento nosso, um encontro para nós. Mais do que ser um grande evento, o Proclamation deve ser uma oportunidade de nos encontrarmos como juventude paroquial. Para isso, todos somos chamados a dar tudo o quanto podemos pelo evento. Ninguém será obrigado a dar o que não tem e nem o que não pode, mas é convidado a dar tudo o que pode.
Que o essencial desse momento permaneça: estarmos juntos como juventude da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, nos encontramos entre nós e com o Senhor de nossas vidas. A partir daí deixar ressoar nos nossos ouvidos e corações o convite insistente: SEJA LUZ! Afinal, de gente que pregue e testemunhe trevas nós não precisamos mais, já existe o suficiente. Seja Luz! Seja Luz! Seja Luz! Luz.

Abraço fraterno!
Fr. Douglas Jonas Dias, scj

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Inscrições - Proclamation

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SEJA LUZ!